sábado, setembro 30, 2006

Sensações...


"Todo o carnaval tem seu fim. E é o fim, e é o fim..."
LOS HERMANOS


Iniciei a tarde de ontem conceituando sensações através de uma dinâmica (ou vivência, tanto faz), que cuidou da parte prática do assunto.(imaginem uma sala escura, música calminha ao fundo, um monte de gente deitada com os olhos fechados, uma porção de coisas com gostos e texturas diferentes pra serem experimentadas... ). Não sei por que diabos passei o resto do dia tentando fazer analogia com o que experimentei em sala de aula, começando por reconhecer(apesar de detestar essas vivências) que nessas dinâmicas de grupo há mesmo como constatar certas coisas que nos custam admitir. Mas eu não quero falar agora das minhas impressões sobre as coisas desagradáveis que ando percebendo a respeito de certo grupo que anda agonizando, mantendo-se quase que por obrigação. Isso é assunto pra outras bobagens escritas.

À noite, um programa há muito não feito, numa tentativa de se fazer um resgate de outros relacionamentos relativos a outro grupo, também agonizante, mas por outros motivos e numa noite de tentativas, paguei pra ver o resultado (pagar é só força de expressão, já que universitário não tem dinheiro pra pagar porra nenhuma..rs). Programa escolhido, cabelos artificialmente lisos, vestidinho e sandália rasteira pra dançar forró (que eu detesto)...e estávamos prontas pra saber que “gosto” a noite tinha. O antigo quarteto fantástico(não me preocupo mais em denominar os grupos aos quais pertenço, cheguei à conclusão que isso só serve pra dificultar as coisas, pois quando um nome não faz mais sentido fica bem mais triste reconhecer que as coisas mudam...e muito) saiu então unido, depois de um longo período fragmentado, alimentando a esperança de que as coisas voltassem a ser como antes.

O lugar era familiar, mas a situação era outra, as motivações eram outras, outros sentidos, outras perspectivas, e as tentativas as mesmas e se elas ainda existem, é um sinal de que tudo tem possibilidades de melhora.(eu espero!). Então, como sempre, decidi que a única coisa a se fazer era administrar o que me era oferecido pra diversão. Não era um grande sacrifício, afinal, nada ali era novo e a(s) companhia(s) era(m) agradabilíssima(s)...estávamos ali por uma boa causa!

Passei todo o tempo experimentando e sentindo de tudo. Tinha “gosto” que eu nem sabia definir direito e pra não correr o risco de estragar a noite de pessoas que não mereciam parei de pensar e comecei a colocar em prática meu plano de diversão garantida. E eu consegui, durante a maior parte da noite, pelo menos!

Eu ficava observando os casais rodopiantes com suas coreografias super elaboradas, adicionadas á cotoveladas quase assassinas e pisões violentos e tinha cada vez mais certeza de que aquilo nunca foi pra mim. Quem sabe algo menos violento e narcisista, porque o que importa na verdade é mostrar o quanto se sabe dançar, mais até do que se divertir, ou talvez a lógica da diversão esteja justamente em chamar a atenção de olhares curiosos em saber como se consegue fazer os tais malabarismos, em velocidades cada vez mais inacreditáveis, sem se importar com quem estiver por perto atrapalhando os movimentos (meus tornozelos que o digam). Eu até arrisquei uns passinhos, mas tendo aqueles “bailarinos” como referencial, eu parecia uma pata desengonçada.

Pra compensar o repertório só havia um artifício: fazer marmota (as de sempre) e eu fiz, solitariamente, já que meus antigos companheiros desertaram dessa luta e agora se entregam só ao que faz sentido de verdade, amores, raves, novos melhores amigos ou qualquer coisa que os satisfaçam mais. Nessa hora me bateu uma saudade dos tempos que não voltam mais ou do que nunca existiu de verdade. (Será que eu alucinei?).

No fim das contas, cheguei á conclusão de que gostei mesmo da noite, mais pela companhia de gente a quem quero tão bem que pelo programa em si. Pela discussão que houve no táxi, na volta pra casa, por causa de um sujeito imbecil que estragou a noite de uma de minhas amigas, percebi que era mesmo a última vez que voltaríamos ali e eu me dei conta de como as coisas e as vontades mudam com o tempo. Percebi também que lutas em vão e tentativas por obrigação (sejam minhas ou dos outros) não me satisfazem mais e eu não quero passar o resto da vida insatisfeita. Fui dormir pensando no medo que me tomou de que um dia tudo isso possa não ter mais gosto de nada!

segunda-feira, setembro 25, 2006

Se o futuro depensesse da profecia das mães...

“...acontece que eu não tenho escolha, por isso mesmo é que eu sou livre...”
HUMBERTO GESSINGER



Essa noite foi mesmo bizarra...às 5:30 da manhã eu não conseguia dormir porque dentre vários pensamentos preocupados sobre um projeto monográfico e sobre o fato de eu ser (ou me sentir) uma inútil comecei a divagar sobre meu futuro (profissional principalmente). Bom, o fato de ainda faltarem dois anos e meio pra eu sair da universidade não deve ser levado em consideração porque eu sofro mesmo por antecipação.

Fora a vontade de estagiar (e se eu não fizer algo de prático, minha vontade permanecerá por um tempo considerável) e de adquirir certa independência financeira, fiquei pensando como seria minha vida se as profecias da mamãe se confirmassem. Não é nada reconfortante pra mim a idéia de continuar dependendo dos meus pais depois que me formar (desconfio que não são estes os planos que eles fizeram pra mim) e amo de verdade meu curso, mas sei que a carreira que escolhi pra seguir não garante necessariamente um campo promissor no que se refere à status e posição financeira.

Talvez seja exatamente por isso que gosto tanto de Psicologia, porque sempre fui do contra e apesar da minha preguiça de existir, nunca dei valor ao que veio fácil demais.
Fiquei pensando em como a gente passa uma vida inteira sendo preparado pra o único propósito de arrumar um emprego e ter “sucesso” e isso é, definitivamente, planejado desde o exato momento em que somos postos no mundo (perguntem aos seus pais!). Lembrem-se das cobranças pra ser excelente em tudo, excelente filho, irmão, estudante, amante, profissional, amigo, ser humano e ainda respirar ao mesmo tempo (só pra enfatizar o quanto é difícil.).

Já não basta ter que existir, você tem ainda que ter consciência desta existência e de todas as frustrações embutidas, além da sensação de impotência diante de certos fatos, da sua incapacidade de prever o futuro e do fardo que é ter que fazer escolhas Eu também sei que por mais que eu tenha a nobre intenção de salvar a humanidade de seus males e sofrimentos (e que bela utopia essa!) não seria valorizada a menos que tenha, no mínimo, uns dez salários, meu pagamento por gesto tão humanitário, envolvidos neste projeto. E sei ainda que ninguém nunca entenderá que eu quero ser útil e ter uma função no mundo, não um título. De verdade, sinto muita pena da mamãe, pois sei da frustração que ela carrega por não ter uma filha formada em medicina pra mostrar pra família (e eu não a culpo por isso!).

Já tentei, de todas as formas imagináveis (e inimagináveis também), fazê-la entender que o fato de tornar-me uma alienada a um status social e ao prazer de subjugar os reles e ignorantes mortais que (pobres criaturas...tsc tsc) desconhecem os poderosos conceitos anatômicos e fisiológicos, mal sabendo onde ficam o giro hipocampal e o sistema límbico, não me interessa mais. (já interessou um dia, até eu descobrir que o interesse era imposto!). Pra falar esteticamente a verdade, acho aqueles jalecos horríveis e incompatíveis com o calor de Teresina (fazendo menção aos profissionais que usam os jalecos como sobretudo pra intimidar e mostrar “poder”.)

Eu passo boa parte do meu tempo me perdendo nas minhas historinhas imaginadas onde eu posso ser quem sempre desejei, até chegar alguém realista o suficiente pra me mostrar que o Bob aqui (fazendo uma alusão ao Fantástico Mundo de Bob) não vai conseguir muita coisa na vida só pensando.
É por isso que há momentos em que eu quero ser mesmo uma ameba, só pra não ter que viver mais que o necessário se não me for conveniente, ou então virar poeira cósmica e simplesmente perder a consciência do que sou (ou deveria ser).[isso só acontece num nível de insatisfação extrema e insuportável comigo e com o mundo, o que não é todo dia.] .

Tenho a impressão que meu otimismo exagerado e o amor ás causas perdidas, mencionados na postagem anterior, ainda vão me matar um dia, mas prefiro continuar acreditando que tudo dará certo no final. Pelo menos é mais cômodo e confortável, afinal, no meio de tanto pensamento sem sentido deve haver algo de motivador pra eu desistir de querer ser uma ameba!

sábado, setembro 16, 2006

Um começo e novas possibilidades...minhas possibilidades!


"não basta o compromisso, vale mais o coração, ninguém sabia e ninguém viu que estava ao teu lado então...vamos descobrir o mundo juntos, baby. Quero aprender com teu pequeno grande coração..."

1º de julho, Legião Urbana; CD Tempestade

Não sei se conseguirei administrar um blog e confesso que este ainda é um mundo novo pra mim, como diz um querido amigo, um mundo novo pra corações corajosos. O meu tenta ser corajoso o tempo todo, mas não deixa de procurar abrigo em sua covardia e insegurança. Talvez essa seja uma oportunidade ou uma possibilidade, minhas possibilidades de mostrar quem realmente sou através de palavras, apesar de achar que não sou muito boa nisso (olha a maldita insegurança...).
Queria dedicar esse primeiro texto a quem me deu este presente, a quem acredita que eu possa mesmo dizer algo de importante para o mundo. Na verdade, eu queria agradecer poruqe ele diz que isso é "tudo o que sua bolsa barata pode oferecer" e eu afirmo que não poderia haver algo mais singelo, mais sincero e que pudesse ter mais significação, pois foi feito pra mim, pro meu jeito (ele lembrou da Bridget...rs), porque ele dispôs de seu tempo de rapaz trabalhador e estudante responsável e competente pra me dar a oportunidade de colocar meu coração na rede, de me comodar num espaço que seja propício pras minhas reclamações, sofriementos, alegrias, "rosa, rock, mangueira, psicrazy, triângulo fantástico, família, sorrisos", enfim, acontecimentos cotidianos que nem sempre podem ou querem ser compartilhados, mas podem ser escritos.
Nós somos mesmo parecidos e diferentes ao mesmo tempo e também somos comuns e mais do que isso, temos corações em comum, o que nos confere uma ligação quase fraterna, inexplicável ...
Como já disse antes, ele é homem de poucas palavras ditas mas, de grandes atitudes e também sei que ele não é e nem sabe ser demagogo e é por isso que acredito que ele gosta de mim de verdade, pois do contrário nem se daria ao trabalho de fingir.
Queria agradecer por ele ter prmitido que eu entarsse em sua vida e por ter tido coragem de mostrar quem é de verdade e por ter confiado em mim pra isso.
À você dedico esta postagem porque foi o primeiro a me incetivar a compartilhar as agruras e prazeres de minha existência, já que sou insegura demais pra tomar a iniciativa.
Obrigada por me aturar, a mim e minhas regressões até os cinco anos de idade e por acreditar que essa sua amiga neurótica, ansiosa e nervosa possa ter algo de bom a oferecer além das piadas de repentista.

quinta-feira, setembro 14, 2006

PARABÉNS!!!!!!!!!


Você aceita o fato de nós sermos “comuns”? Responda pra si e “sim”.

E o fato que é nossa amizade? Que nós nos gostamos e nos queremos bem? Eu também aceito!

E é por isso, e por não ter mas nenhum centavo nessa minha bolsa barata e nessa minha vida de ingrato, que resolvi te dar essa presente. Porque eu sou comum, e “isso” é comum, e acho que é um jeito novo de “acontecer”

Que tudo seja bom, rosa, rock, mangueira, psicrazy, blogspot, Triângulo Fantástico, família, e sorrisos...que tudo seja bom (e barato), que você sempre me ouça e seja sempre ouvidos bons e pacientes!



Pronto! Agora deu! Mais uma vez eu sem saber o que escrever, pensando se eu, realmente, conseguirei ser melhor na escrita!
Se é dolorido escrever, assim, quase solto, quase preso, querendo ser “melhor”, imagine a dor que é escrever para alguém. É um jeito de existir; quando se tem preguiça de existir de um jeito, eu venho “aqui” e me invento, em transformo, e levo um monte de gente comigo.
Só queria que isso fosse especial pra você quanto é pra mim; sei que somos diferentes, mas muita coisa nossa é quase da mesma essência; nossas complicações, talvez, tenham fontes comuns, e nem sabemos.
Só quero que o blog seja seu canto, seu novo mundo, e quem com ele você tenha a chance de receber esse mundo novo, tenha a oportunidade de ser um coração corajoso.
Tudo que você pensa e diz a toda hora, tudo que é sentindo...tudo...tenta colocar no papel, ou já vai direto pra tela do computador; nunca mais tu vai ficar sem fazer nada na vida. É bom, muito bom, muito, muito, muito, muito...
E, nesse movimento, você vai descobrindo outras leituras, descobrindo pessoas normais e que nos deixam emocionados; que se expressam melhor e sem pretensão, porque é possível.
Bem vinda ao possível!
E que essas palavras sejam suas novas possibilidades...

Agora diga: Minhas Possibilidades!!!!!!


[www.minhaspossibilidades.blogspot.com]

Continuando a explicação...

Na verdade só tava querendo fazer uma coisa bonita, interessante.

Eu já disse que dá um trabalhão? Já! Pois é!

Isso se chama template, e desde de que criei meu blog que tento fazer um pra mim; e meses de pesquisa até que resolvir arriscar. Criei outro blog pra mim só para experimentações (www.ehsim.blogspot.com)...e tentei, tentei...até que fiquei com uma vontade de te dar um. Teus textos do flogão merecem um lugar especial.

Tu é engraçada, criativa, reflete sovre a vida, sobre tudo e todos...por quê não um blog?

Eu adoro blogs engraçados, criativos e bem escritos...e quero te ler em outro lugar! E não venha me dizer que não consegue...porque dá certo.
Primeiro você entra numa crise comparativa, mas depois descobre que é possível, que outras pessoas gostam de ler você; tu vai ficar com vontade de escrever sobre tudo, e vai andar com papel e lápis na bolsa pra não perder mais nenhum pensamento...é uma sensação agradabilíssima.

Não sei se esse template vai ficar bom com outras postagens...depois te explico o porquê! Se não der certo, tu cancela esse e faz outro, mais discreto. É sério! Ou fica com esse só pra lembrar do presente, e faz outro!
Mas se quiser desistir mesmo, no problem! Se tu recebe um presente qualquer, ele tb está sujeito ao tempo, às intempéries da vida, às adiposidades, aos rasgões, ao calor, ao humor; e com um blog não é diferente.

Na verdade isso é um estímulo! Ora, se te estimulei a virar alcóolatra porque não ajudá-la a expressar-se!

To postando aqui pra testar, e já acho que, realmente, vai dá certo. Se não funcionar como eu to pensando, tu fica com essa página como um "super-presente-diferente" e faz outro, com outro nome, e bem mais fácil de manejar. Depois te dou as dicas!